Hoje a coluna entrou no ar para falar de um filme da "trilogia de cinco" de Douglas Adams, O Guia do Mochileiro das Galáxias, que é definitivamente pauta para essa coluna, só que em uma versão contrária. Confira a nossa opinião sobre ambos.

Ficha Técnica:

Gênero: Comédia

Roteiro: Douglas Adams, Karey Kirkpatrik

Produção: Gary Barber, Jay Roach, Jonathan Glickman, Nick Goldsmith, Roger Birnbaum

Sinopse: Arthur Dent (Martin Freeman) é um homem normal, que está tendo um péssimo dia. Após saber que sua casa está prestes a ser demolida, Arthur descobre que Ford Prefect (Mos Def), seu melhor amigo, é um extra-terrestre e, para completar, fica sabendo que a Terra está prestes a ser destruída para que se possa construir uma nova auto-estrada hiperespacial. Sem ter o que fazer para evitar a destruição de seu planeta, Arthur só tem uma saída: pegar carona em uma nave espacial que está de passagem. Ele passa então a conhecer o universo, sendo que tudo o que precisa saber sobre sua nova vida está contido em um valioso livro: o Guia do Mochileiro das Galáxias.

O filme era o que autor da "trilogia de cinco" esperava para a sua obra, porém o mesmo faleceu antes da estreia do filme, que veio a calhar pouco tempo depois.

O filme ultrapassa os limites do sarcasmo do livro e atingem de maneira ainda mais divertida o público. No que o livro deixa a desejar, o roteiro do filme o completa nos quesitos da comédia, que é o que mais prende a atenção de quem está assistindo.

Com um roteiro insano o diretor tenta conduzir o enredo sem a perda da essência, o que ele consegue atingir, com bastante sucesso. Vemos todas as criticas disfarçadas de Douglas Adams atras das piadas de nossos queridos personagens. O filme, para os fãs da saga, deixam os mesmos sorrindo de uma orelha a outra. E, como não reconhecer as portas que suspiram de satisfação, ou mesmo a baleia cachalote criada no ar por causa do Gerador de Improbabilidade? 

Contando com um elenco maravilhoso vemos interpretações únicas de Sam Rockwell como o presidente da galáxia; de Martin Freeman como o abobalhado terráqueo que não enxerga sentido algum na lógica transviada do universo; de Malkovich, numa ponta interessante como Kavulla, mas que consegue passar toda a sua esquisitice em apenas poucos minutos; e ainda de Zooey Deschanel e Mos Def, criando para Trillian e Ford aquilo que eles deveriam ser. 

O problema está na parte em que o roteiro do enredo do filme foge um pouco do contexto do livro, deixando de ter uma abordagem filosófica com tons de humor para fugir para um filme de aventura.

Pra mim, o filme trás ainda mais humor para a história envolvendo qualquer espectador e tirando um pouco da monotonia que o livro envolve.